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Dor de garganta é o sintoma mais comum da variante Ômicron

Preferência por vias aéreas superiores pode explicar letalidade relativamente menor

Responsável, atualmente, por 71% casos de Covid-19 diagnosticados na Bahia, a variante Ômicron tem como principal sintoma a dor de garganta. Ela aparece antes de a maioria dos demais sinais da Covid-19 serem sentidos. Dados do Zoe COVID Symptom Study, do Reino Unido, indicam que até o fim de dezembro de 2021, 57% das pessoas infectadas pela Ômicron relataram dores de garganta.

O estudo divulgado no começo do mês, ainda em formato pré-print (ainda sem a revisão por pares), mostra que, em uma pessoa infectada pela Ômicron, a carga viral atinge o pico na saliva um a dois dias antes de atingir o pico na área do nariz.

Outra análise foi feita na Noruega, com 66 pessoas que foram infectadas pela variante após participarem de uma festa de Natal, e indica que 72% desenvolveram dor de garganta com duração média de três dias. Essa predominância da ação na garganta – e não nos pulmões, por exemplo – pode explicar o fato de a nova cepa ter contágio rápido e proporcionalmente baixa letalidade.

Ainda faltam estudos para que a ciência chegue a uma resposta mais definitiva. “O que parece é que a variante apresenta uma preferência pelas células da via área superior – garganta, seios da face e orofaringe -, apesar de ainda faltarem informações que nos comprovem e indiquem por quê. São áreas onde é mais raro surgirem complicações graves”, aponta Larissa Camargo, médica otorrinolaringologista do Hospital Santa Lúcia, de Brasília.

Outros sintomas

Os sintomas da Ômiron podem aparecer entre dois dias e duas semanas após a exposição ao vírus. Entre os mais comuns estão: dores musculares ou no corpo, dor de cabeça, cansaço extremo, febre, calafriso, tosse, falta de ar ou dificuldade para respirar, nariz escorrendo, náusea ou vômito, diarreia e perda de paladar ou olfato. Fontes: BBC e G1

Por bahia.ba / Foto: Universidade de Hong Kong

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