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MP não vê como propaganda antecipada discurso de Bolsonaro contra Lula

PT acusou Bolsonaro de usar a máquina pública para se promover eleitoralmente

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitando a tese de que houve propaganda eleitoral antecipada por parte de Jair Bolsonaro (PL), durante um discurso no Palácio do Planalto no qual o atual chefe do Executivo falou do ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência da República.

A ação foi apresentada pelo partido, que acusa o presidente de ter realizado propaganda eleitoral antecipada na cerimônia de lançamento de linhas de crédito para aquicultura e pesca, realizada em janeiro deste ano.

Na fala, Bolsonaro teria insinuado que Lula estaria “loteando ministérios” e que sua reeleição seria o retorno do “criminoso” à “cena do crime”.

O PT alega que as declarações foram feitas com o uso da rede de comunicação pública, referindo-se à TV Brasil, pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A manifestação é assinada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco. Ele considerou que as falas apontadas pelo PT não têm potencial de influenciar o cenário eleitoral.

“As frases ressaltadas pela representação são isoladas e de curta extensão, no contexto do discurso proferido. A representação nada apontou de reprovável no período de mais de meia hora do evento que antecedeu ao pronunciamento das frases curtas contra as quais o Partido representante objeta. Essas palavras se mostram episódicas e avulsas”, afirmou Gonet Branco.

Para ele, o presidente “fez alusão inegavelmente negativa a personalidade política que notoriamente se apresenta, ao menos no quadro delineado hoje, como rival para as eleições presidenciais vindouras”.

Por bahia.ba / Fotos: Divulgação/edição bahia.ba

 

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