Procuradoria cobra do Telegram balanço sobre medidas de combate à desinformação
Os representantes do MPF querem saber sobre eventuais canais, grupos e postagens removidos
Como forma de reverter o bloqueio decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o Telegram assumiu o compromisso de atuar contra a desinformação. Agora, o MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo quer saber o que foi feito pela plataforma para combater a produção de notícias falsas.
O Telegram anunciou uma série de compromissos na esteira da decisão de Moraes de bloquear o aplicativo no país. Entre as promessas, a rede afirmou que faria um monitoramento diário dos cem canais mais populares no Brasil e que, por meio da parceria com agências de checagem, determinadas postagens poderiam ser marcadas como “imprecisas”.
Na quarta-feira (10), a Procuradoria enviou um ofício ao advogado Alan Thomaz, representante da plataforma no Brasil. A empresa tem 15 dias para enviar a resposta sobre as providências adotadas.
Os representantes do MPF querem saber sobre eventuais canais, grupos e postagens removidos; canais ou grupos suspensos, além de usuários banidos ou suspensos.
As informações serão anexadas ao inquérito civil público em tramitação na Procuradoria de São Paulo sobre a atuação das principais plataformas digitais no Brasil.
Apesar da prometida mudança de postura, persistem dúvidas entre as autoridades do Judiciário e do MPF de como o Telegram está fazendo a moderação de conteúdo.
Por bahia.ba / Foto: Divulgação/Telegram